Montar estratégias de TI que realmente promovam mudanças eficazes dentro do setor e na empresa como um todo pode ser um grande desafio, afinal, as regras mudam o tempo todo e novas tecnologias surgem no mercado em grande velocidade.
Essa instabilidade tecnológica e a incerteza de que seus ativos serão eficazes no futuro são a principal causa da demanda de uma gestão de mudanças dentro do setor de TI e a necessidade de prever cenários futuros.
Neste post, nosso principal objetivo é mostrar para você como realizar um planejamento eficaz, criar estratégias de TI que permitam promover mudanças eficientes dentro de sua empresa e como isso pode melhorar a competitividade do negócio. Boa leitura!
A importância de criar metas e prever cenários
Sempre que falamos sobre a previsão de cenários, um dos melhores e maiores exemplos é a Kodak, empresa de equipamentos fotográficos que dominou o mercado durante vários anos até o surgimento da fotografia digital.
O que poucas pessoas sabem é que a empresa foi pioneira no mercado digital, mas, por falta de planejamento e uma previsão de futuro, os diretores acabaram acreditando que a nova tecnologia não seria bem aceita e não investiram nela.
O final dessa história todos conhecemos: a Kodak abriu falência em 2012, após anos de liderança no mercado fotográfico mundial. Isso poderia ter sido evitado caso a empresa tivesse acompanhado as métricas corretas e contasse com uma previsão de futuro.
O planejamento estratégico de TI
Chamamos de planejamento estratégico de TI o processo pelo qual é elaborada uma estratégia para a utilização da tecnologia da informação dentro de uma organização, independentemente da solução aplicada e seu fim.
É por meio dele que o setor de TI de uma empresa é estruturado, sistematizado e organizado. Isso garante que a tecnologia está sendo utilizada dentro da visão do negócio e tem como objetivo principal a melhoria dos processos produtivos para o alcance dessa visão. Além disso, outra meta da aplicação da TI também deve ser a criação de valor para o cliente.
Podemos dizer que o planejamento estratégico de TI é um desdobramento do próprio planejamento estratégico corporativo, porque deve estar alinhado com os valores e metas estratégicas da organização a curto, médio e longo prazo.
Dessa forma, para que se possa criar um planejamento estratégico de TI, é preciso primeiro ter bem definido qual é a tática da empresa, ou seja, sua visão para o futuro e suas principais metas a serem atingidas em determinado período.
As dicas para promover mudanças
Separamos algumas dicas fundamentais para criar estratégias de TI eficazes dentro do ambiente de uma organização. Acompanhe!
Analisar o ambiente
O primeiro passo, antes de sequer pensar em alguma mudança, é a análise de ambiente interno e externo de TI na organização. Ou seja, é preciso verificar qual a situação atual do uso de tecnologia dentro e fora da empresa.
Aqui serão verificadas questões internas como:
- quais as vulnerabilidades atuais de TI?
- Qual a sua capacidade?
- Como funciona a gestão de TI?
- Existe algum plano de continuidade?
- Qual a satisfação dos usuários com as soluções atuais?
- Como está a motivação do time de TI?
Já externamente é preciso ter atenção sobre as seguintes questões:
- qual o objetivo principal do negócio?
- Como o setor de TI está auxiliando no alcance desse objetivo?
- Quais as tecnologias utilizadas pelos concorrentes?
- Quais tecnologias emergentes podem auxiliar na busca pelo objetivo da empresa?
As respostas dessas questões são fundamentais, pois é por meio delas que poderá se realizar uma reflexão acerca de como a tecnologia está agindo e como ela deveria agir, auxiliando na criação de um planejamento estratégico funcional.
Formular o escopo
Antes de realizar qualquer mudança, é preciso ter em mente quais serão os benefícios e impactos das alterações trazidas por ela. Por conta disso, pôr no papel é o melhor caminho para a visualização correta de uma ideia.
Desenhar o fluxo de mudança é a melhor maneira de passar um entendimento básico sobre o que será alterado e de que forma para os demais colaboradores, sanando qualquer dúvida. Além disso, a criação de um escopo permite analisar, ao final do processo, se os objetivos foram atingidos e se a mudança foi um sucesso.
Criar o plano de execução
Metas são fundamentais para a medição e é por meio do plano de execução que temos a certeza de que um novo projeto terá suas atividades claras e bem divididas, além de ser plenamente monitorável. Podemos utilizar dois tipos de elementos aqui: os indicadores de performance e as iniciativas.
As iniciativas nada mais são que projetos estratégicos de TI, que afetam a estrutura de tecnologia e podem ser externos ou internos. Já os indicadores são responsáveis por medir a velocidade na qual a estratégia está sendo implementada, sendo que existem as mais diversas KPIs a serem acompanhadas.
Efetuar testes
Os testes são fundamentais para garantir que as mudanças realizadas estão dentro do que era esperado e nada fugiu do inicialmente planejado. É por meio dessa atividade que podemos encontrar os pequenos defeitos ou vulnerabilidades.
Eles são realizados para verificar que nada foi esquecido durante o planejamento e que não existirão falhas ou problemas após o lançamento oficial das mudanças, o que acabaria gerando atrasos, prejuízos ou paradas inesperadas no futuro.
Monitorar as ações
Por último, a atividade que fecha esse ciclo de mudança é o monitoramento de ações, que implica em uma avaliação, em períodos pré-determinados, sobre como as mudanças estão se comportando em relação aos objetivos estratégicos da empresa.
Caso algum dos indicadores acompanhados não corresponda às expectativas, pode-se planejar ações de resposta ou até mesmo mudanças com o intuito de atingir as metas determinadas pela estratégia organizacional.
Chegamos ao fim deste post e esperamos que ele possa ter sido de grande ajuda para você no entendimento de como as estratégias de TI devem estar ligadas diretamente aos objetivos da empresa e como aplicar mudanças que realmente tragam vantagens competitivas para sua empresa.
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